Ainda me recordo àquela manhã dia 3 de março de 1996. Enquanto aquecido pelo confortável cobertor, uma voz de longe ofuscada entre meu universo de imaginação, vinha com tom temeroso e triste, encaminhar-me uma noticia desastrosa. Era minha mãezinha, coitada, em uns poucos empurrões seguidos, me chamava pelo nome e ao tentar recompor-me, não adiantou, antes que meus olhos vessem a luz de mais um dia meus ouvidos ouviram o estrondar da frase mortífera: “Os Mamonas se foram! Eles não existem mais!”
Mas como? Eu ainda com apenas seis anos de idade tentava entender a situação. Eu era um admirador, ou melhor, um nanico admirador! Até hoje sinto falta de todo aquele sarcasmo envolvidos em um universo de piadas acompanhadas de certa humildade que cativava o povo todo: as crianças, os adultos e os velinhos.
Foi curto o sucesso desse grupo, mas foi marcante. Aquela Brasília Amarela, o Robocop assumido Gay, a felicidade em mero crediário às Casas Bahia... Isso tudo hoje é cultivado através de nossas indestrutíveis lembranças.
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